Um novo vírus que ataca o sistema respiratório e se espalhou a partir da região de Wuhan, na China. Ele pertence à família dos coronavírus, um grupo que reúne desde agentes infecciosos que provocam sintomas de resfriado até outros com manifestações mais graves.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou na quarta-feira (11/03) que está em curso uma PANDEMIA do novo coronavírus.
1) O que é uma pandemia?
O termo é usado para descrever uma situação em que uma doença infecciosa ameaça muitas pessoas ao redor do mundo simultaneamente.
Pandemias são mais prováveis com novos vírus. Como não temos defesas naturais contra eles ou medicamentos e vacinas para nos proteger, eles conseguem infectar muitas pessoas e se espalhar facilmente e de forma sustentada.
2) Qual a diferença entre Pandemia, Epidemia e Endemia?
A Endemia ou “infecção endêmica” está presente em uma zona de maneira permanente, em todo momento durante anos e anos”
A Epidemia é um “aumento de casos seguido de um ponto máximo e, depois, uma diminuição”. É o que ocorre nos países onde se registram epidemias de gripe a cada ano: no outono e no inverno aumentam os casos, chega-se a um máximo de infecções, e depois diminuem.
A Pandemia é uma epidemia que ocorre “em todo o mundo mais ou menos ao mesmo tempo”.
3) Quais são os sintomas respiratórios associados ao coronavírus?
Tosse, produção de escarro, congestão nasal, coriza e dificuldade para respirar são os sintomas mais comuns da doença.
4) Estou com sintomas de gripe, devo me preocupar?
No momento, o Brasil tem dez vezes mais casos de H1N1 do que coronavírus. “Portanto, quem está com sintomas de gripe nesse momento, a probabilidade maior é que seja por H1N1 e não de coronavírus”, afirma o infectologista Celso Granato, diretor clínico do Grupo Fleury.
5) Como diferenciar uma gripe comum do coronavírus?
Os sintomas das duas infecções são iguais. A única forma de saber se a infecção é causada por H1N1 ou coronavírus é por exame laboratorial. Como a incidência de H1N1 nesse momento é maior que a de coronavírus, o ideal é começar pelo de H1N1.
6) Devo fazer teste específico para coronavírus?
A recomendação é que só pessoas consideradas suspeitas façam o exame específico da doença. De acordo com o Ministério da Saúde, é considerado caso suspeito quem:
– chegou do exterior e apresenta febre (acima de 37,8°)e pelo menos um sintoma respiratório nos últimos 14 dias;
– esteve em uma área com transmissão local e tem febre e pelo menos um sintoma respiratório nos últimos 14 dias – vale lembrar que São Paulo e Bahia são estados com transmissão local confirmada;
– teve contato próximo com caso suspeito ou confirmado para COVID-19, nos últimos 14 dias, e que apresente febre ou algum sintoma respiratório.
7) Os números da doença vão mesmo explodir?
É possível. As autoridades de saúde trabalham com essa projeção porque foi o que aconteceu em outros países como China e Itália. Mas isso não significa que vai de fato acontecer. “Precisamos esperar para ver o comportamento do vírus por aqui, mas se a epidemia se comportar da mesma forma que em outros países com surto da doença, espera-se um grande aumento no número de casos nas próximas duas ou três semanas.”, explica a infectologista Mirian Dal Ben, do Hospital Sírio Libanês.
8) Quais são os medicamentos mais usados hoje para combater a doença? Dá para comprar em qualquer farmácia?
Ainda não existe tratamento específico para coronavírus. O tratamento depende dos sintomas e da gravidade do quadro. Quadros leves podem ser tratados em casa com repouso, consumo de bastante água. Antitérmicos e analgésicos podem ser usados em casos de dor e febre.
“Não recomendamos anti-inflamatório por causa dos efeitos colaterais. Antigripais também não são indicados porque podem mascarar o aparecimento de sintomas relevantes. Se a febre aumentar, o quadro piorar repentinamente ou houver dificuldade para respirar, é hora de ir ao hospital”, diz Granato.
9) Existe algum modo de prevenir a doença?
As únicas formas de prevenir a doença são: evitar aglomerações, lavar as mãos, usar álcool gel, evitar tocar o rosto e praticar a etiqueta respiratória. “Nesse momento, quem puder fazer home office e reunião por via eletrônica, deve fazer. Evitem shows, baladas, bares e lugares que tenham mais de 30 pessoas no mesmo ambiente. Em restaurantes, o ideal seria ter mesas afastadas umas das outras”, recomenda o infectologista.
10) Qual é o jeito certo de lavar as mãos?
Uma boa lavagem de mãos leva pelo menos 20 segundos – tempo suficiente para cantar “Parabéns a você”. Lave as duas faces da mão, entre os dedos, fazer uma conchinha para lavar embaixo da unha e depois escoar com água. Evite usar as mãos limpas para fechar a torneira. Se necessário, use uma toalha de papel. A recomendação é lavar as mãos a cada duas horas ou sempre que chegar da rua.
11) Quem deve usar máscara?
Apenas pessoas doentes devem usar máscara, pois ela impede que ele espalhe gotículas contaminadas com vírus ao falar, espirrar ou tossir.
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FONTES:
https://veja.abril.com.br/saude/coronavirus-devo-me-preocupar-veja-responde-as-principais-duvidas/