No Brasil, já existem exemplos de sucesso quando o assunto é a proibição de celulares nas escolas. Na cidade do Rio de Janeiro, a rede municipal implementou a proibição por lei, e os resultados têm sido positivos. Em entrevista à Folha de S. Paulo, Pedro, um estudante da rede pública, relatou que após a proibição suas notas subiram consideravelmente, passando de um conceito regular para bom em poucos meses.

O exemplo de Pedro reflete a realidade de muitos outros jovens que, sem a distração dos aparelhos, passaram a se dedicar mais aos estudos. Thaís Trindade, coordenadora da escola Martin Luther King, onde Pedro estuda, afirmou que diversos alunos começaram a melhorar seu desempenho acadêmico e a participar mais ativamente das aulas.

Embora muitos estudantes tenham resistido inicialmente à medida, escondendo seus celulares ou boicotando a regra, com o tempo começaram a perceber os benefícios. Valentina Chico, de 16 anos, estudante da Escola Castanheiras, contou que no início foi difícil, mas com o tempo adotou uma rotina mais saudável, incluindo a prática de esportes.

Além da melhora no desempenho acadêmico, o banimento dos celulares também incentivou a retomada de interações sociais mais saudáveis. Muitos alunos passaram a conversar mais entre si durante os intervalos e até mesmo a participar de atividades ao ar livre, algo que antes era raro devido ao uso excessivo dos dispositivos.